Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sexta-feira, 15 de março de 2013

detesto o raio do acordo ortográfico

Eu não estou de acordo, ninguém me/nos perguntou se o queríamos. Dou por mim a toda a hora com dúvidas, ele é p's, c’s e h's que desapareceram, ele é hífens e acentos que foram à vida, já nem sei quando e onde por o chapeuzinho do avô, e o raio do computador sempre a corrigir-me… e eu olho para as opções que me dá e fico perplexa, é só palavras novas, ou pelo menos recauchutadas, parece que a cirurgia estética é acessível lá para os lados de Vera Cruz…
Quando eu aprendi a escrever, nesses longínquos anos oitenta, era um facto que um fato era para vestir, agora já não sei... Pelos vistos há uma coisita que se mantém…

E assim vai este belo país à beira-mar ou beira mar plantado!

9 comentários:

  1. Eu odeio este acordo. Dou por mim a pesquisar imensas vezes com medo de cometer algum erro imperdoável.

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    1. Somos duas, escrevo a palavra como aprendi, o pc dá-me erro, e muitas vezes lá vou eu para a net pesquisar o que mudou... que filme, opto sempre por escrever à velha maneira, mas em breve sei que, pelo menos com algumas palavras, me irei adaptar ao acordo. Mudam-se os tempos mudam-se as escritas!

      ;)

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  2. Pois, os portugueses foram acelerados pôr o acordo em prática e afinal no Brasil adiaram a sua implementação. Se estivessem estado quietos, ganhavam mais.
    Olha, eu baralho-me toda. Umas vezes escrevo com acordo, outras vezes não. Sabes que mais...que se lixe. Quem quiser entender o que lá está escrito, entende à mesma.
    ;) bjinho, bom fim de semana

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    1. É isso, também me baralho toda, e é por isso que detesto o raio do acordo, cada um continuava a escrever como sempre e pronto. Usámos a mesma língua, mas somos duas culturas diferentes, a escrita era apenas mais uma diferença cultural, mas enfim...
      Entendemo-nos na mesma é verdade, mas toda esta "confusão" era perfeitamente desnecessária. Eu se já dava erros, agora nem sei...

      Beijos, bom fim-de-semana ',)

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  3. lilipa, o AO não foi adiado no Brasil, o AO está vigor no Brasil desde 2009. Aquilo que aconteceu no Brasil foi o prolongamento do período de transição, em que são aceites nas escolas a ortografia antiga e a atual.

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    1. Se assim é, estão a dar um excelente exemplo, o da aceitação e convivências saudáveis, sem imposições.

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  4. @Partilhar é bom
    Não quer usar o novo acordo porque fica confusa sem saber se há de escrever, por exemplo, "atual" ou "actual". Dentro de algum tempo irá perceber que o contrário seria muito pior. Imagine que queriam que escreve "escripto" em vez de "escrito", ou "phyloxera" em vez de filoxera. Com o tempo, vai ver que "actual" em vez de "atual" lhe vai parecer como "aflicto" em vez de "aflito". O AO é uma evolução natural da ortografia portuguesa.

    Também diz que não quer usar o novo o acordo porque ninguém lhe perguntou se o queria. Mas quem lhe perguntou se queria escrever "apelo" em vez de "appello" como escrevia antigamente? Então, porque questiona a evolução ortográfica do AO se aceita as evoluções ortográficas anteriores, isto é, aquela que usa?

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    1. Sim é verdade que me sinto perdida ao tentar escrever da forma como aprendi, e o computador me quer impor escrita diferente, como diz até posso vir a interiorizar o AO, a vida é adaptação, mas isso não anula a necessidade de ele ter sido devidamente explicado, a mim e a todos que vivemos, pensamos e escrevemos em português. O AO saberá, bem melhor que eu, não se restringe à queda de consoantes mudas, os argumentos que usa, em nada explicam a evolução que aponta como causa. A evolução natural é consequência de necessidades sentidas, não questiono a naturalidade da evolução da língua, mas certamente, não serei a única a não sentir tal necessidade. Mesmo que fosse, isso não pode nem deve coibir-me de partilhar a minha opinião, pois estaria assim a perder uma oportunidade de apreender novos conhecimentos.
      O modo como eu aprendi a escrever é tão válido como todos os outros modos de escrita anteriores, eu partilho a realidade que vivo e sinto, tenho pena que me obriguem a mudar a forma como aprendi a escrever, porque a convivência entre o que eu aprendi e o que hoje se ensina é perfeitamente possível, basta apenas que se respeite o passado, e que o deixem conviver com o presente, como diz está a ser feito no Brasil, ou então mandem-nos para os bancos da escola outra vez…

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    2. Pois, eu também sou contra este acordo sem sentido. No entanto, como sou estudante, tudo o que interajo com já o utiliza, e por esse motivo estou a escrever assim :$

      Na minha opinião, o mais dramático neste acordo é que, apesar de ser uma evolução da língua, é uma evolução forçada. Não é natural. E ainda o facto de estarmos a fugir da origem da nossa língua. Quero ver, daqui a alguns anos, alguém a aprendes espanhol ou francês... Não vai saber onde meter os c's....

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