Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sábado, 16 de março de 2013



Olhar para trás é um exercício que faço muito, não porque viva presa ao passado, mas porque é no que já vivemos que, podemos e devemos buscar aprendizagens. Se não o fizermos a nossa caminhada torna-se vã, vazia de significado.
Dou por mim hoje, a olhar para trás e a perceber o quanto estive errada em algumas avaliações que fiz, o meu medo, aquele de que já vos falei, toldava-me a visão, e eu escrava do que julgava me fazia bem, não quis ver e segui com esta ideia na cabeça:
- Foi a vida a fazer com que eu sofresse menos.
Estava errada, fui eu a não querer viver para não sofrer. Recordo um poema do heterónimo de Pessoa – Alberto Caeiro.

Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só
Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.

O que eu o achei ridículo, quando em adolescente o li, não sabia eu, adolescente tão verde, que o medo nos torna ridículos, ao ponto de nos deixarmos apenas existir, com medo de viver…
A aprendizagem julgo estar feita, cabe-me agora saber agir!

Bom fim-de-semana!

4 comentários:

  1. Costumo dizer que sou a mulher sem medos. Há anos passei uma situação de grande provação na minha vida. Desde então, não tenho medos. Se ultrapassei e vivi, ultrapasso tudo! Só tenho medo de morrer por causa das minhas filhas, e medo que lhes aconteça alguma coisa. Medo de amar e me entregar??? Nunca!

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    1. Também eu já vivênciei uma experiência que me faz pensar que, se consegui "superar" tamanha dor, consigo tudo, penso nela em muitas situações presentes, para me dar força. Eu não tenho medo de me entregar, tenho medo de não corresponder... Não tenho medo de amar, tenho medo de não ser amada com a intensidade que amo... Se não nos dermos uma oportunidade nunca poderemos ser felizes, já interiorizei isso.

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  2. Amar é um desafio constante. Há dias de sol e há dias de chuva! O segredo é sorrir perante os problemas e aproveitar os momentos bons que surgirem! :)

    Força! :)

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